QUADRILHA MASSACARÁ!!!!!!

terça-feira, 31 de maio de 2011

TÁ CHEGANDO A HORA....


Romantismo no arraial com a

Quadrilha Junina Massacará 2011

Com a inspiração de uma das obras mais famosas do escritor inglês William Shakespeare, Romeu e Julieta, o grupo folclórico Quadrilha Junina Massacará levará para o SESI de Carmópolis, na noite da próxima sexta-feira, 03 de junho. E é no arraial da alegria que anunciamos:

Para o marcador da Quadrilha Massacará, Dennilton e o coreógrafo André, a história triste de Romeu e Julieta, que termina em morte, serviu para inspirar a quadrilha, mas mostrando o outro lado do amor, que é de alegria, vida e paz.

A Massacará mostrará na verdade a beleza do amor, que é um sentimento sublime e não pode acabar em morte. E claro, trará para a realidade dos arraiais. Será uma apresentação belíssima e feita com muito amor.

A Quadrilha Massacará espera contagiar o público presente, que virá ver um lindo show de cores e alegria com a apresentação de mais de 20 casais.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

NOTÍCIAS LEVANTA POEIRA 2011

Balanço Nordestino vence em Salgado

Começou na noite deste sábado, 28, a 6ª edição do Levanta Poeira, o Concurso de Quadrilhas Juninas da TV Sergipe, em Salgado, município localizado a 53 Km de Aracaju. A quadrilha de Salgado, Balanço Nordestino conquistou a maior nota dos jurados (91 pontos) e garante vaga na semifinal do concurso. Também se classificaram as quadrilhas Unidos Arrastapé, com 87.8 pontos e Luiz Gonzaga com 83.6 pontos.

Foram eliminadas as quadrilhas Sassaricando com 74 pontos, Milho Verde, com 72.8 pontos e O Forró é na Roça, que conquistou apenas 58.1 pontos.

Nesta edição estão participando 28 quadrilhas juninas que se apresentam em nove cidades/polos. “A novidade para esse ano é que a realização do evento é realizada pela FEQUAJU-SE, Federação das Quadrilhas Juninas de Sergipe, com o apoio da TV Sergipe, FM Sergipe e Portal Emsergipe.com. A expectativa dos organizadores e quadrilheiros é muito boa, todos apostam em mais um evento de qualidade e sucesso”, explica Dida Araújo, coordenador do concurso.

Fonte: http://emsergipe.globo.com/entretenimento/LevantaPoeira_2011

quarta-feira, 25 de maio de 2011

ROMEU E JULIETA - Uma história diferente...

Romeu e Julieta

A verdadeira história de Romeu, Julieta & Cia. Ltda.
A mais trágica história de amor - depois do meu primeiro casamento transmitida ao vivo em Rede Internacional, direto de Verona, com narração de Luciano Não Valle.


CENA 1

Na entrada do baile na casa dos Capeletti:

Porteiro: - Quantos anos a senhorita tem?
Julieta: - Quatorze!
Porteiro: - Desculpe-me, mas esse baile é proibido para menores de 18.
Julieta: - Mas eu tenho que entrar, hoje eu vou conhecer o Romeu!
Porteiro: - Sinto muito, mas acho que a senhorita vai ter de conhecê-lo aqui fora!
Julieta: - Ah, é? Pois saiba que eu já sou bastante amadurecida, já sei fazer tudo o que uma mulher adulta faz! Sei lavar, cozinhar, passar, bordar...
Porteiro: - Ok! Já me convenceu, pode entrar!


CENA 2

Romeu: aproxima-se de Julieta.

Romeu: - A senhorita gostaria de me dar o prazer de me acompanhar nessa dança.
Julieta: - Eu não danço com criança!
Romeu: - Sinto muito, não sabia que estava grávida!
Julieta: - Essa piada além de velha, não tem a mínima graça!
Romeu: - Foi você quem começou!
Julieta: - Esse texto que me deram está uma merda!
Romeu: - Não fale assim, esse texto foi escrito pelo grande William Shakespeare!
Julieta: - Grande bosta!
Romeu: - Você é uma ingrata! Pois saiba que, se não fosse por ele, você não existiria!
Julieta: - Eu juro que nem iria perceber!
Romeu: - Ora... sua pirralha... eu vou...
Julieta: - Pirralha é a sua mãe, fique sabendo que eu já tenho 14 anos.
Romeu: - Ih! De novo com esse papo!
Julieta: - Como de novo? Eu nunca te disse isso!
Romeu: - Você disse ao porteiro quando entrou no baile!
Julieta: - Você era o porteiro?
Romeu: - Claro! A propósito, você é muito mais bonita no livro do que ao vivo!
Julieta: - Ora, cale-se Romeu ! Você também não é lá grande coisa e saiba que antes do galo cantar 3 vezes, você ainda vai morrer de amor por mim!
Romeu: - É isso que me irrita!


CENA 3

Romeu: e Julieta estão dançando no meio do salão.

Romeu: - Ui! Porra, Julieta, cuidado com o meu calo! Você ao menos deveria ter feito um curso de dança!
Julieta: - Ora Romeu, vá se lascar! A propósito o que é isso no seu bolso?
Romeu: - É drops mesmo! Eu nunca fico duro quando estou dançando em cena!


CENA 4

Tebaldo se aproxima de Capeletti.

Tebaldo: - Senhor meu tio, aquele sujeitinho que está dançando com a Julieta não é um dos filhos do Raviolli?
Capeletti: - Sim, acho que sim!
Tebaldo: - Mas que ousadia, o filho de nosso maior inimigo vem a nossa casa nos afrontar! Quer que lhe damos um cacete?
Capeletti:
- Não, acalme-se! Pelo olhos dele, vejo que está se enamorando por Julieta. Ao cair nas mãos dessa pequena víborazinha ele vai ter o fim que merece!


CENA 5

Pouco depois, no jardim, Romeu rouba um beijo de Julieta.

Romeu: - Os seus lábios são doces como o mel!
Julieta: - Deve ser o drops que você me deu!
Romeu: - Eu quero um outro beijo!
Julieta: - No duro?
Romeu: - Não... na boca!


CENA 6

Dias depois, no Jardim da casa dos Capeletti.

Romeu: - Oh! Julieta, eu quero me casar com você!
Julieta: - Oh! Romeu, eu também gostaria muito, mas o nosso amor é proibido.
Romeu: - Não importa! Tudo o que é proibido é mais gostoso!
Julieta: - Então, a partir de agora, você está proibido de se aproximar de mim...


CENA 7

É madrugada. Romeu invade o quarto de Julieta.

Julieta: - Oh! Romeu! Acho que você está se arriscando demais vindo até aqui!
Romeu: - Eu também... mas não consigo mais me contentar sem vê-la...
Julieta: - Se meu pai descobrir, você será um homem morto!
Romeu: - Daí eu vou ficar duro por inteiro!
Julieta: - Você não perde a oportunidade de fazer uma piada!
Romeu: - Não sou eu! É o cara que está escrevendo esse texto!
Julieta: - Sabe que estou há dias pensando que nós poderíamos fugir?
Romeu: - Fugir? Fugir para onde?
Julieta: - Sei lá... prá algum lugar que ninguém nunca fosse nos procurar...
Romeu: - Então tem que ser um lugar bem insignificante...
Julieta: - Concordo... Já sei! Poderíamos ir para o Brazil!
Romeu: - Mas nós já estamos no Brasil!
Julieta: - Deixa de ser idiota, Romeu! Nós estamos em Verona, na Itália!
Romeu: - Então porque é que nós estamos falando português, se não estamos no Brasil?
Julieta: - É que o cara que está escrevendo essa droga não sabe falar italiano! E pare de falar Brazil com "s", porque Brazil se escreve com "z"!
Romeu: - Mas no Brasil, desculpe, no Brazil todo mundo escreve Brazil com "s".
Julieta: - Prá você ver como aquele povo está atrasado! O mundo inteiro escreve Brazil com "z", só eles é que ainda não aprenderam a escrever o nome do próprio país!
Romeu: - Sabe de uma coisa Julieta!
Julieta: - O que é?
Romeu: - Acho que não vai dar para nós fugirmos!
Julieta: - Você está com medo!
Romeu: - Não é nada disso! Você se esqueceu de que agora nós estamos na
Internet, e a Internet é um mundo virtual, e um mundo virtual não existe fisicamente em lugar nenhum. Então podemos concluir que, se nós não moramos em lugar nenhum como é que nós poderemos ir para outro lugar?
Julieta: - Eu não entendi porra nenhuma!
Romeu: - Eu também não, mas foi esse o texto que me deram para decorar!


CENA 8

No jardim dos Capeletti.

Romeu: - Porque você está chorando?
Julieta: - Oh! Romeu, você não pode imaginar a desgraça que me aconteceu?
Romeu: - Já sei! Você foi peidar e cagou!
Julieta: - Não, Romeu! É sério! Meu pai arruinou a minha vida! Vou ter de me casar no próximo sábado com um dos filhos da família dos Talharim!
Romeu: - Mas que desgraça!

Julieta começa a soluçar.

Romeu: - Justo este sábado que é a decisão do campeonato italiano!


CENA 9

Penitenciária Estadual. Na cela do Frei Lourenço.

Julieta: - Frei, o senhor precisa me ajudar. Meu pai marcou meu casamento para o próximo sábado com um dos filhos da família dos Talharim.
Frei Lourenço: - Meus parabéns, minha filha! Isso é ótimo!
Julieta: - Mas eu não gosto dele, Frei! Eu amo o Romeu!
Frei Lourenço: - O Romeu? Da família dos Raviolli? Mas ele é o seu inimigo!
Julieta: - Ah!, Frei! Se um inimigo nos trata dessa maneira, como deveriam ser os amigos?
Frei Lourenço: - E o que você pretende fazer, minha filha!
Julieta: - Qualquer coisa, menos casar com um Talharim! Se fosse para eu casar com um Spaghetti, eu até toparia! Os Spaghetti são finos enquanto que os Talharim são chatos.

Ambos calam-se por alguns instantes.

Frei Lourenço: - Já sei, qual a solução! Eu vou lhe dar um remédio que a fará dormir profundamente. Você o tomará no dia anterior ao seu casamento e assim todos vão pensar que você morreu. No dia seguinte, você ressussita e casa-se com esse tal de Romeu.
Julieta: - Será que vai dar certo, Frei?
Frei Lourenço: - Não, claro que não vai dar certo! Essa é uma idéia de jerico, mas Shakespeare não conseguiu outra melhor!


CENA 10

Na rua.

Baltazar: - O senhor já soube da morte de Julieta?
Romeu: - Não, ainda não li os jornais de hoje! Espera aí, o que você disse! A Julieta morreu?
Baltazar: - Sim, senhor! O féretro acaba de sairda casa dos Capeletti!
Romeu: - Oh! Meu Deus! Isso não pode ser verdade... não pode ser verdade...
Baltazar: - Mas é...
Romeu: - Claro que eu sei que é verdade, imbecil! Eu só estou dramatizando a minha fala!


CENA 11

No túmulo dos Capeletti, Romeu entra e vê o corpo de Julieta.

Romeu: - Oh! Destino cruel, o que eu fiz para merecer tamanha maldição?
Minha amada Julieta jaz desfalecida para sempre. Nunca mais vou poder sorver o néctar de seus lábios, nunca mais vou ouvir o doce murmúrio de sua voz, nunca mais vou poder tocar os seus cabelos macios, nunca mais sentirei o seu perfume... a minha vida sem ti não vale nada...oh! minha Julieta!!

Ele tira um frasco da algibeira (naquela época não existiam bolsos) e bebe o seu conteúdo.

Romeu: - Quero ir para junto de ti, minha amada! E o seu corpo tomba ao lado de Julieta.


CENA 12

Horas depois Julieta acorda na sepultura ao lado de Romeu e começa a chacoalhá-lo.

Julieta: - Acorda, Romeu! Acorda! Chega de fazer teatro! Levanta-se, vamos nos casar e na semana que vem viajaremos para Hollywood para fazer cinema!
Romeu... Romeu...! Ro... Oh! Meu Deus, ele está morto! O príncipe da minha vida está morto!
Que desgraça! Como foi que isso aconteceu?

Ela vê o frasco caído no chão e se abaixa para apanhá-lo.

Julieta: - Você tomou isso, meu querido? Coca-cola!? Mas, isso é um veneno!!


Desce o pano!

terça-feira, 24 de maio de 2011

ROMEU E JULIETA: Amor eterno...

Sabem porque Romeu e Julieta são ícones do amor?

São falados e lembrados, atravessaram os séculos incólumes no tempo, se instalando no mundo de hoje como casal modelo de amor eterno?
Porque morreram e não tiveram tempo de passar pelas adversidades que os relacionamentos estão sujeitos pela vida afora.

Senão provavelmente Romeu estaria hoje com a Manoela e Julieta com o Ricardão.

Romeu nunca traiu a Julieta numa balada com uma loira linda e siliconada motivado pelo impulso do álcool.

Julieta nunca ficou 5 horas seguidas esperando Romeu, fumando um cigarro atrás do outro, ligando incessantemente para o celular dele que estava desligado.

Romeu não disse para Julieta que a amava, que ela era especial e depois sumiu por semanas. Julieta não teve a oportunidade de mostrar para ele o quanto ficava insuportável na TPM.

Romeu não saia sexta feira a noite para jogar futebol com os amigos e só voltava as 6:00 da manhã bêbado e com um sutiã perdido no meio da jaqueta (que não era da Julieta).

Julieta não teve filhos, engordou, ficou cheia de estrias e celulite e histérica com muita coisa para fazer.

Romeu não disse para Julieta que precisava de um tempo, que estava confuso, querendo na verdade curtir a vida e que ainda era muito novo para se envolver definitivamente com alguém.

Julieta não tinha um ex-namorado em quem ela sempre pensava ficando por horas distante, deixando Romeu com a pulga atrás da orelha.
Romeu nunca deixou de mandar flores para Julieta no dia dos namorados alegando estar sem dinheiro. Julieta nunca tomou um porre fenomenal e num momento de descontrole bateu na
cara do Romeu no meio de um bar lotado.

Romeu nunca duvidou da virgindade da Julieta.

Julieta nunca ficou com o melhor amigo de Romeu.

Romeu nunca foi numa despedida de solteiro com os amigos num prostíbulo.
Julieta nunca teve uma crise de ciúme achando que Romeu estava dando mole para uma amiga dela.

Romeu nunca disse para Julieta que na verdade só queria sexo e não um relacionamento sério, ela deve ter confundido as coisas.

Julieta nunca cortou dois dedos de cabelo e depois teve uma crise porque Romeu não percebeu a mudança.

Romeu não tinha uma ex-mulher que infernizava a vida da Julieta.

Julieta nunca disse que estava com dor de cabeça e virou para o lado e dormiu.

Romeu nunca chegou para buscar a Julieta com uma camisa xadrez horrível de manga curta e um sapato para lá de ultrapassado, deixando-a sem saber onde enfiar a cara de vergonha...
Por essas e por outras que eles morreram se amando...


(Luis Fernando Veríssimo)

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Montecchios x Capuletos


Romeu e Julieta

a briga entre duas famílias:

Montecchios x Capuletos

Trecho da história de Romeu e Julieta...

A cena do balcão...

Jardim de Capuleto. Entra Romeu.

ROMEU — Só ri das cicatrizes quem ferida nunca sofreu no corpo. (Julieta aparece na janela.)Mas silêncio! Que luz se escoa agora da janela? Será Julieta o sol daquele oriente? Surge, formoso sol, e mata a lua cheia de inveja, que se mostra pálida e doente de tristeza, por ter visto que, como serva, és mais formosa que ela. Deixa, pois, de servi-la; ela é invejosa. Somente os tolos usam sua túnica de vestal, verde e doente; joga-a fora. Eis minha dama. Oh, sim! é o meu amor. Se ela soubesse disso! Ela fala; contudo, não diz nada. Que importa? Com o olhar está falando. Vou responder-lhe. Não; sou muito ousado; não se dirige a mim: duas estrelas do céu, as mais formosas, tendo tido qualquer ocupação, aos olhos dela pediram que brilhassem nas esferas, até que elas voltassem. Que se dera se ficassem lá no alto os olhos dela, e na sua cabeça os dois luzeiros? Suas faces nitentes deixariam corridas as estrelas, como o dia faz com a luz das candeias, e seus olhos tamanha luz no céu espalhariam, que os pássaros, despertos, cantariam. Vede como ela apoia o rosto à mão. Ah! se eu fosse uma luva dessa mão, para poder tocar naquela face!


JULIETA — Ai de mim!


ROMEU — Oh, falou! Fala de novo, anjo brilhante, porque és tão glorioso para esta noite, sobre a minha fronte, como o emissário alado das alturas ser poderia para os olhos brancos e revirados dos mortais atônitos, que, para vê-lo, se reviram, quando montado passa nas ociosas nuvens e veleja no seio do ar sereno.


JULIETA — Romeu, Romeu! Ah! por que és tu Romeu? Renega o pai, despoja-te do nome; ou então, se não quiseres, jura ao menos que amor me tens, porque uma Capuleto deixarei de ser logo.


ROMEU (à parte) — Continuo ouvindo-a mais um pouco, ou lhe respondo?


JULIETA — Meu inimigo é apenas o teu nome. Continuarias sendo o que és, se acaso Montecchio tu não fosses. Que é Montecchio? Não será mão, nem pé, nem braço ou rosto, nem parte alguma que pertença ao corpo. Sê outro nome. Que há num simples nome? O que chamamos rosa, sob uma outra designação teria igual perfume. Assim Romeu, se não tivesse o nome de Romeu, conservara a tão preciosa perfeição que dele é sem esse título. Romeu, risca teu nome, e, em troca dele, que não é parte alguma de ti mesmo, fica comigo inteira.


ROMEU — Sim, aceito tua palavra. Dá-me o nome apenas de amor, que ficarei rebatizado. De agora em diante não serei Romeu.


JULIETA — Quem és tu que, encoberto pela noite, entras em meu segredo?


ROMEU — Por um nome não sei como dizer-te quem eu seja. Meu nome, cara santa, me é odioso, por ser teu inimigo; se o tivesse diante de mim, escrito, o rasgaria.


JULIETA — Minhas orelhas ainda não beberam cem palavras sequer de tua boca, mas reconheço o tom. Não és Romeu, um dos Montecchios?


ROMEU — Não, bela menina; nem um nem outro, se isso te desgosta.


JULIETA — Dize-me como entraste e porque vieste. Muito alto é o muro do jardim, difícil de escalar, sendo o ponto a própria morte – se quem és atendermos – caso fosses encontrado por um dos meus parentes.


ROMEU — Do amor as lestes asas me fizeram transvoar o muro, pois barreira alguma conseguirá deter do amor o curso, tentando o amor tudo o que o amor realiza. Teus parentes, assim, não poderiam desviar-me do propósito.


JULIETA — No caso de seres visto, poderão matar-te.


ROMEU — Ai! Em teus olhos há maior perigo do que em vinte punhais de teus parentes. Olha-me com doçura, e é quanto basta para deixar-me à prova do ódio deles.


JULIETA — Por nada deste mundo desejara que fosses visto aqui.


ROMEU — A capa tenho da noite para deles ocultar-me. Basta que me ames, e eles que me vejam! Prefiro ter cerceada logo a vida pelo ódio deles, a ter morte longa, faltando o teu amor.


JULIETA — Com quem tomaste informações para até aqui chegares?


ROMEU — Com o amor, que a inquirir me deu coragem; deu-me conselhos e eu lhe emprestei olhos. Não sou piloto; mas se te encontrasses tão longe quanto a praia mais extensa que o mar longínquo banha, aventurara-me para obter tão preciosa mercancia.


JULIETA — Sabe-lo bem: a máscara da noite me cobre agora o rosto; do contrário, um rubor virginal me pintaria, de pronto, as faces, pelo que me ouviste dizer neste momento. Desejara – oh! minto! – retratar-me do que disse. Mas fora! fora com as formalidades! Amas-me? Sei que vais dizer-me "sim", e creio no que dizes. Se o jurares, porém, talvez te mostres inconstante, pois dos perjúrios dos amantes, dizem, Jove sorri. Ó meu gentil Romeu! Se amas, proclama-o com sinceridade; ou se pensas, acaso, que foi fácil minha conquista, vou tornar-me ríspida, franzir o sobrecenho e dizer "não", porque me faças novamente a corte. Se não, por nada, nada deste mundo. Belo Montecchio, é certo: estou perdida, louca de amor; daí poder pensares que meu procedimento é assaz leviano; mas podeis crer-me, cavalheiro, que hei de mais fiel mostrar-me do que quantas têm bastante astúcia para serem cautas. Poderia ter sido mais prudente, preciso confessá-lo, se não fosse teres ouvido sem que eu percebesse, minha veraz paixão. Assim, perdoa-me, não imputando à leviandade, nunca, meu abandono pronto, descoberto tão facilmente pela noite escura.


ROMEU — Senhora, juro pela santa lua que acairela de prata as belas frondes de todas estas árvores frutíferas...


JULIETA — Não jures pela lua, essa inconstante, que seu contorno circular altera todos os meses, porque não pareça que teu amor, também, é assim mudável.


ROMEU — Por que devo jurar?


JULIETA — Não jures nada, ou jura, se o quiseres, por ti mesmo, por tua nobre pessoa, que é o objeto de minha idolatria. Assim, te creio.


ROMEU — Se o amor sincero deste coração...


JULIETA — Pára! não jures; muito embora sejas toda minha alegria, não me alegra a aliança desta noite; irrefletida foi por demais, precipitada, súbita, tal qual como o relâmpago que deixa de existir antes que dizer possamos: Ei-lo! brilhou! Boa noite, meu querido. Que o hálito do estio amadureça este botão de amor, porque ele possa numa flor transformar-se delicada, quando outra vez nos virmos. Até à vista; boa noite. Possas ter a mesma calma que neste instante se me apossa da alma.


ROMEU — Vais deixar-me sair mal satisfeito?


JULIETA — Que alegria querias esta noite?


ROMEU — Trocar contigo o voto fiel de amor.


JULIETA — Antes que mo pedisses, já to dera; mas desejara ter de dá-lo ainda.


ROMEU — Desejas retirá-lo? Com que intuito, querido amor?


JULIETA — Porque, mais generosa, de novo to ofertasse. No entretanto, não quero nada, afora o que possuo. Minha bondade é como o mar: sem fim, e tão funda quanto ele. Posso dar-te sem medida, que muito mais me sobra: ambos são infinitos. (A ama chama dentro.) Ouço bulha dentro de casa. Adeus, amor! Adeus! – Ama, vou já! – Sê fiel, doce Montecchio. Espera um momentinho; volto logo.(Retira-se da janela.)


ROMEU — Oh! que noite abençoada! Tenho medo, de um sonho, lisonjeiro em demasia para ser realidade.


(Julieta torna a aparecer em cima.)


JULIETA — Romeu querido, só três palavrinhas, e boa noite outra vez. Se esse amoroso pendor for sério e honesto, amanhã cedo me envia uma palavra pelo próprio que eu te mandar: em que lugar e quando pretendes realizar a cerimônia, que a teus pés deporei minha ventura, para seguir-te pelo mundo todo como a senhor e esposo.


AMA (dentro) — Senhorita!


JULIETA — Já vou! Já vou! – Porém se não for puro teu pensamento, peço-te...


AMA (dentro) — Menina!


JULIETA — Já vou! Neste momento! – ... que não sigas com tuas insistências e me deixes entregue à minha dor. Amanhã cedo te mandarei recado por um próprio.


ROMEU — Por minha alma...


JULIETA — Boa noite vezes mil. (Retira-se.)


ROMEU — Não, má noite, sem tua luz gentil. O amor procura o amor como o estudante que para a escola corre: num instante. Mas, ao se afastar dele, o amor parece que se transforma em colegial refece.


(Faz menção de retirar-se.)


(Julieta torna a aparecer em cima.)


JULIETA — Psiu! Romeu, psiu! Oh! quem me dera o grito do falcoeiro, porque chamar pudesse esse nobre gavião! O cativeiro tem voz rouca; não pode falar alto, senão eu forçaria a gruta de Eco, deixando ainda mais rouca do que a minha sua voz aérea, à força de cem vezes o nome repetir do meu Romeu.


ROMEU — Minha alma é que me chama pelo nome. Que doce som de prata faz a língua dos amantes à noite, tal qual música langorosa que ouvido atento escuta?


JULIETA — Romeu!


ROMEU — Minha querida?


JULIETA — A que horas, cedo, devo mandar alguém para falar-te?


ROMEU — Às nove horas.


JULIETA — Sem falta. Só parece que até lá são vinte anos. Esqueci-me do que tinha a dizer.


ROMEU — Deixa que eu fique parado aqui, até que te recordes.


JULIETA — Esquecê-lo-ia, só para que sempre ficasses ai parado, recordando-me de como adoro tua companhia.


ROMEU — E eu ficaria, para que esquecesses, deixando de lembrar-me de outra casa que não fosse esta aqui.


JULIETA — É quase dia; desejara que já tivesses ido, não mais longe, porém, do que travessa menina deixa o meigo passarinho, que das mãos ela solta – tal qual pobre prisioneiro na corda bem torcida – para logo puxá-lo novamente pelo fio de seda, tão ciumenta e amorosa é de sua liberdade.


ROMEU — Quisera ser teu passarinho.


JULIETA — O mesmo, querido, eu desejara; mas de tanto te acariciar, podia, até, matar-te. Adeus; calca-me a dor com tanto afã, que boa-noite eu diria até amanhã.


ROMEU — Que aos teus olhos o sono baixe e ao peito. Fosse eu o sono e dormisse desse jeito! Vou procurar meu pai espiritual, para um conselho lhe pedir leal. (Sai.)

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Quadrilha Junina Massacará apresenta...

A história de Romeu e Julieta, escrita por William Shakespeare, que se transformou no signo do amor através dos séculos, tem esse ano toda sua magia transposta para o xote, xaxado e baião através da Quadrilha Junina Massacará que vem criando uma obra que tem percorrido o mundo nas mais diversas interpretações.

Dia 03 de junho a partir das 19 horas no SESI daqui de Carmópolis venha especialmente para assistir ao espetáculo, da QUADRILHA JUNINA MASSACARÁ que está em uma ótima fase e você verá que o resultado do espetáculo é primoroso. O nosso espetáculo é um conjunto, apresentado dentro do arraial com figurinos e cenário, respondendo à proposta do coreógrafo, que é criar uma versão contemporânea ao texto de Shakespeare.

O coreógrafo apresenta uma coreografia comprometida com a contemporaneidade e que busca envolver o público com a história, através de aproximar os acontecimentos da trama com a vida cotidiana. O acabamento ao espetáculo, no que diz respeito a cenários e figurinos, ficou por conta do experientíssimo Eduardo, com vários trabalhos em outras quadrilhas juninas e com um currículum invejável, juntamente com Dennilton e André, que comanda a equipe da QUADRILHA JUNINA MASSACARÁ.

As músicas da história de Romeu e Julieta apresentada pela MASSACARÁ, reveste-se de uma complexidade que caracteriza a interpretação através do xote, xaxado e baião com toda a propriedade do Trio de Sanfoneiros da Quadrilha Junina.

É através de todos estes requisitos que a QUADRILHA JUNINA MASSACARÁ vem para encantar o público a cada nova apresentação.

Dia 03 de junho a partir das 19 horas no SeESI de Carmópolis a

QUADRILHA JUNINA MASSACARÁ

apresenta para vocês:

PIADA

Um Português estava em Tókio onde comprou um par de óculos cheios de tecnologia que mostrava todas as mulheres peladas.

Manuel coloca os óculos e começa a ver todas as mulheres peladas, ele se encanta.

Põe os óculos... Peladas!

Tira os óculos... Vestidas!

Que maravilha! Ai Jesus!!!!!!

E assim foi Manoel para Portugal, louco para mostrar a novidade para a

mulher (Maria).

No avião, se sente o máximo vendo as aeromoças todas peladas.

Quando chega a casa, já coloca os óculos para pegar Maria pelada.

Abre a porta e vê Maria e o Compadre no sofá pelados.

Tira os óculos... Pelados!

Põe os óculos... Pelados!

Tira... Pelados!

Põe... Pelados!

Manuel diz:

-'Puta que pariu! Essa merda já quebrou!'